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Convocar é criar um lugar e um convite para que as pessoas apareçam e se responsabilizem pelo bem-estar do todo.

– Peter Block

A Global Fellows Network da Fundação WKKF se reuniu recentemente para uma conversa virtual com Peter Block, um renomado consultor de desenvolvimento organizacional, palestrante e autor sobre os tópicos de liderança, construção de comunidade e mudança organizacional. Os livros de Block incluem “Consultoria Perfeita“, “Comunidade: a estrutura do pertencimento” e “O Gerente Empoderado“. Seu trabalho promove a liderança que enfatiza a inclusão e a construção de relacionamentos.

Na conversa com mais de 80 fellows globais da Fundação WKKF Kellogg, Block descreveu os efeitos duradouros do colonialismo, paternalismo e racismo nas práticas tradicionais de liderança e como eles são contrários a conversas e conexões globais significativas e eficazes. Ele incentivou os participantes a tratar os outros e outras como parceiros e parceiras, em vez de recipientes passivos, adotando uma abordagem de “líder como convocador”. Construir relacionamentos e conexões para servir ao bem comum, explicou Block, permite que as pessoas sejam vistas e ouvidas — e seu valor e dons reconhecidos. Por sua vez, as pessoas têm o poder de exercer a responsabilidade e fazer escolhas significativas.

“Líder como convocador”, de acordo com Block, também muda a ênfase de um orador individual ou “especialista” para pequenos grupos de líderes participantes. De acordo com esse conceito, pequenos grupos de três participantes de todo o mundo se reuniram durante a sessão para aprofundar as perguntas provocativas de Block. De acordo com os participantes, esses breakouts demonstraram o “poder de três” para facilitar conversas profundas que transcendem o idioma e a geografia e ajudam os participantes a se sentirem conectados ao grupo maior.

Block defendeu o desafio de narrativas paternalistas que definem as pessoas por suas circunstâncias, como pobreza ou marginalização política, enfatizando que todos têm dons e estão criando uma vida independentemente de renda ou educação. Em um mundo colonial, explicou Block, o foco geralmente está na competição e na correção do que está “errado” – inclusive nas pessoas. Ele sugere mudar essa perspectiva reconhecendo os dons das pessoas: perguntando no que elas são boas, como podem ser apoiadas e pelo que são apaixonadas. Essa abordagem, conhecida como capital social, pode levar a mudanças positivas em bairros e comunidades. “Quando os líderes se concentram em dons e capacidades, algo muda na sala.” (Citação de Block) Em uma pergunta de grupo, Block modelou essa mudança perguntando: “Qual é a encruzilhada em que você se encontra nesta fase de sua vida?” Ele explicou que essa reflexão pode ajudar o indivíduo a reconhecer suas escolhas e a direção que deseja seguir, estimulando o autoconhecimento e o crescimento pessoal.

Outra ferramenta proposta por Block é o uso de perguntas abertas para incentivar a reflexão e a curiosidade pessoal, em vez de perguntas que convidam as pessoas a “resolver problemas” para outra pessoa:

A pergunta a ser feita – a pergunta mais envolvente e conectada que você pode fazer às pessoas perguntam um ao outro é: ‘por que isso importa para você?’

Para os Global Fellows da Fundação WKKF Kellogg que participaram, Peter Block ofereceu uma série de perspectivas que prometem continuar a construir a rede. Uma pessoa comentou que a sessão os ajudou a ver as semelhanças em todo o mundo nos desafios enfrentados por crianças, famílias e comunidades, e que temos a oportunidade – e novas ferramentas – de colaborar e agir juntos.

Assista toda a sessão aqui:

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